domingo, setembro 18, 2005

O outro lado


Tenho medo de mim.

Medo e receio de me tornar
naquilo que me repugna.

Tenho medo do próprio medo.

Terei de renegar a minha essência
e deixar de ser quem sou?

Deixarei assim que pecados do meu passado
tomem conta do meu futuro?

Não sei se consigo...

É difícil quando a nostalgia te invade a alma,
Quando te aperta o coração.

Quando o medo
É como que um inimigo invisível e silencioso
Que te assombra a mente,
Então temes perder tudo o que tens.

Em momentos assim
Receias ficar só,
Temes a própria solidão.

Receias magoar os outros
Com as tuas palavras e acções,
Então isolaste do mundo.

Vês as acções que outros cometem,
Acções que magoam,
E temes um dia ceder também tu próprio.

Lutas por te manter fiel a ti,
Ao que eras e sempre tens sido.

Já viste o lado negro da alma humana,
Mas receias vê-lo novamente.

4 comentários:

Vanda disse...

O medo faz parte de nós. Quem diz que não tem medo, que nada teme, mente. A errar também se aprende, e muito, mesmo que às vezes possa doer bastante. Por isso, para a frente é que é caminho, tá?

Vanda disse...

E como quem é vivo sempre (re)aparece cá estás de novo. Estava mesmo tudo muito branco no teu blo... ;-)

Vanda disse...

Ops, esqueci-me de uma letra... queria escrever "blog".

Mipo disse...

muito bonito. Mesmo na mouche! :-)